Tenho artrose. Posso fazer exercícios?

Tenho artrose. Posso fazer exercícios?

A dor em articulações é uma queixa muito frequente no consultório geriátrico. As causas de dores articulares, agudas ou crônicas, podem variar, mas, especialmente a artrose ou osteoartrite (OA), é bastante prevalente na população acima dos 60 anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a osteoartrite é uma das dez doenças mais incapacitantes.

Quase 10% dos homens e aproximadamente 18% das mulheres acima de 60 anos apresentam sintomas de OA. E desses pacientes ¼ convivem com alguma incapacidade para desempenhar suas atividades básicas de vida diária. Esses dados nos mostram a importância da doença no cenário atual, já que vivemos num país que está envelhecendo.

Mas afinal, o que é a artrose? 

A artrose, também chamada de osteoartrite (OA), ou osteoartrose, é uma dor decorrente da destruição progressiva da cartilagem das articulações, acompanhada de inflamação local, alterações das estruturas ósseas e musculares vizinhas.

Os locais mais frequentemente acometidos são mãos, joelhos, quadris e coluna. Os principais sinais e sintomas são dor na articulação afetada que piora com o uso e melhora com o repouso, crepitação (aquela sensação de “pedrinhas numa dobradiça” ao palpar a articulação durante o movimento), rigidez na parte da manhã que melhora antes de 30 minutos, aumento do volume articular, desvios angulares e piora da qualidade de vida. Além disso, pode aumentar o risco de quedas.

Os fatores de risco para desenvolvimento de artrose são: idade, sexo feminino, obesidade, herança genética, traumas prévios e fraqueza muscular. Estes pontos, quando possíveis, deverão ser trabalhados ativamente para um bom controle da dor.

A melhor forma de prevenir a doença é a educação, o reconhecimento dos fatores desencadeantes e tratamento precoce, que deve ser feito de forma multidisciplinar em conjunto com nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais. Dessa forma, ter hábitos de vida saudáveis, controlar o peso, adotar uma dieta equilibrada e bom controle emocional são essenciais.

E a atividade física?

Já a atividade física é muito necessária, tanto para a prevenção quanto para o tratamento da Artrose. Portanto, sim você pode e deve fazer atividades físicas. Atividades na água, como hidroginástica, natação, hidroterapia, são muito indicadas pelo baixo impacto e propriedades físicas da água que proporcionam relaxamento e fortalecimento muscular.

Mas nem só de atividades aquáticas é feito o tratamento de artrose. Estudos mostram que existe benefício tanto na dor, quanto na função articular dos pacientes que fizeram exercícios de solo (caminhadas, pilates) e exercícios resistidos (musculação). Note que, mesmo após a parada, apesar de menores, estes benefícios se mantiveram significativos por 2 a 6 meses. O importante é descobrir uma atividade que proporcione prazer e não desencadeie dor, e fazê-la de forma habitual e rotineira.

O principal objetivo do tratamento é aliviar a dor, ganhar qualidade de vida e postergar a degradação da articulação. Assim, conseguimos evitar a necessidade de medicações em excesso e suas consequências.

E aí, já fez sua atividade física hoje?

Acompanhamento médico em tempos de pandemia: risco ou cuidado necessário?

Acompanhamento médico em tempos de pandemia: risco ou cuidado necessário?

Qual é o custo de negligenciar o acompanhamento médico de condições crônicas por medo da pandemia?

Sr. Luiz Paulo, que completará 74 anos em 3 semanas, vem sentindo que algo não está como antes. Talvez os remédios que usa para o controle de seu diabetes e da pressão alta não estejam fazendo efeito como antes. Mas, como consultar o médico que o acompanha há mais de 5 anos, em meio à pandemia? Poderá contrair Covid-19 em uma de consulta de rotina?

Esta dúvida vem torturando Sr. Luiz Paulo há meses. Infelizmente, ele apresentou um mal súbito que o forçou a procurar o Pronto Socorro e acabou descobrindo que sua função renal estava comprometida, além de uma intoxicação pelos medicamentos que usava. Necessitou de internação em UTI e diálise. Causou muita preocupação em seus familiares até que se recuperasse.

Esta é uma de muitas histórias que vemos no dia a dia de serviços de emergência desde o início da pandemia.

As pessoas, por medo de se exporem à contaminação, deixam de fazer acompanhamento médico, agravando situações que poderiam ser corrigidas com ajustes simples no tratamento de suas doenças crônicas.

Para exemplificar a dimensão deste problema, o número de “Mortes Súbitas” (aquelas em que não há tempo de receber atendimento emergencial levando o paciente ao óbito) em domicílio aumentou, pelo menos, 3 vezes na pandemia.

O tempo tem nos ensinado muito sobre acompanhamento médico durante este período

É importante esclarecer que não é certo deixar de acompanhar doenças crônicas, assim como deixar de reconhecer sintomas diferentes que podem representar risco potencial para o seu agravamento.

Neste momento em que temos a maior parte dos idosos passando pelo processo de vacinação contra a Covid-19, precisamos rever alguns cuidados importantes para evitar a contaminação.

À ideia do “Fique em Casa” deve ser acrescentada da frase:
“Se Puder e Desde que Não o Prejudique”.

O cuidado diário com a saúde deve ser priorizado. Com isso evitamos a deterioração da qualidade de vida e a redução da sobrevida de cada indivíduo.

Acompanhamento médico: 7 doenças importantes que não devem ter seu tratamento interrompido

  • – Diabetes mellitus
  • – Hipertensão Arterial
  • – Doenças pulmonares – bronquite, asma, câncer de pulmão
  • – Doenças cardíacas – insuficiência cardíaca, arritmias, doenças das coronárias e das válvulas cardíacas
  • – Doenças neurológicas – Alzheimer, AVC, Parkinson, epilepsias
  • – Doenças oncológicas (câncer) em geral
  • – Doenças Renais – Insuficiência renal

Existe luz no fim do túnel!

Recentemente autorizada pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, a Telemedicina pode ser uma boa saída para essa questão. Por meio de uma consulta online, pelo computador ou celular, médicos que já conhecem e seguem seus pacientes podem avaliar queixas, rever medicações em uso, solicitar e avaliar exames laboratoriais e, deste modo, determinar ajustes no tratamento. Com esse recurso tecnológico, ocorrências semelhantes à do Sr. Luiz Paulo podem ser reduzidas.

Uma modalidade não exclui a outra! As consultas presenciais são possíveis e desejáveis, desde que feitas com os cuidados já amplamente difundidos – uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento. O mesmo vale para os grupos de pessoas vacinadas, tanto pacientes quanto profissionais da saúde.

Ao sair de casa para se consultar ou fazer exames, certifique-se e exija que sejam tomados cuidados adequados na higiene, circulação do ar e disponibilização de máscaras e álcool nos consultórios e clínicas onde será atendido. Estas ações são muito efetivas para você manter a saúde.

Sabendo de tudo isso, seja racional quando considerar o risco de perda de controle de suas doenças crônicas versus o medo da contaminação pela COVID-19… certamente quem sairá ganhando será você!

Quando nos tornamos mestres?

Quando nos tornamos mestres?

Quando nos tornamos mestres podemos devolver ao mundo a sabedoria adquirida.

De acordo com preceitos da Antroposofia, filosofia criada pelo austríaco Rudolf Steiner no início do século XX, a biografia do ser humano pode ser dividida em períodos de sete anos – os Setênios.

Elaborada a partir da observação dos ritmos da natureza, da qual fazemos parte, o entendimento sobre os setênios nos ajuda a compreender a condição cíclica da vida e a importância de cada ciclo em nosso processo de desenvolvimento para tornamos mestres.

Cada um desses períodos de sete anos traz um determinado roteiro e desafios. Aquilo que adquirimos em um setênio vai somando aos períodos subsequentes.

Entenda os setênios

0 aos 21

Nos três primeiros setênios, dos 0 aos 21 anos, passamos pela fase da maturação física, a formatação do nosso ser. É o período do “Aprender”, da consolidação da nossa estrutura física, emocional e mental. Ao fim deste período estamos prontos para enfrentar o mundo.

21 aos 42

Nos três setênios seguintes, dos 21 aos 42 anos, passamos pela fase da maturação anímica. É a fase do “lutar”. Essa luta com o mundo e o enfrentamento dos grandes desafios da vida, como a construção da nossa independência material, carreira, relacionamentos, constituição da nossa própria família, vão acontecendo em meio às grandes crises – identidade aos 21 anos, a crise dos talentos aos 28 e a crise de autenticidade aos 42 anos. É um período de extrema ação exterior.

42 – fase do sábio e da maturação espiritual

Aos 42 anos, com parte dos grandes desafios da vida já vencidos, entramos no período que vai dos 42 aos 63, outros 21 anos quando passamos pela fase da “Sabedoria”, do tornar-se sábio, da maturação espiritual. Neste período enfrentamos a nós mesmos, nosso olhar se direciona ao nosso mundo interior e buscamos mais autoconhecimento e nossa verdadeira essência para transcender nosso ego. Saímos da esfera do individual e entramos na esfera do coletivo. O que é bom para todos passa a ser importante, assim como o que é bom para mim. Nesta fase ajustamos nossa trajetória de vida com ações para alinharmos nossa vida à nossa essência. Este período se encerra com o que chamamos de Fase Mística, que vai dos 56 aos 63 anos, que é quando a vida e o mundo passam a fazer mais sentido.

63 – o sábio mestre

Por fim, aos 63 anos, entramos na fase final da nossa biografia. Aos 63 anos inicia-se a fase para tornamos mestres. A luz da sabedoria, que na criança existe no mundo exterior, passa a brilhar intensamente em nosso interior e somos capazes de irradiá-la ao mundo. Entramos na fase da serenidade, da sabedoria transcendente. Todos os desafios da vida já foram ultrapassados, já vencemos as demandas materiais, já lutamos contra nós mesmos. Estamos livres do elemento pessoal e podemos buscar uma vida mais espiritual. Somos mestres e sábios, finalmente, maduros para atuar à serviço do bem geral, uma vez que o bem individual já foi abandonado. O início desta fase coincide, por convenções sociais, com o período da aposentadoria.
Em tese, agora nos sobraria tempo para uma nova missão, para admirar o mundo com novas forças e com conhecimento mais maduro. Poderíamos fazer uso de toda essa maturidade para a criação daquilo que é bom, belo e verdadeiro, trazendo o espiritual para o mundo, manifestado em valores elevados em prol do bem comum.

Muito triste ver o quanto a sociedade erra com aqueles que chegam nessa fase. Justamente quando nos tornamos “mestres” com mais capacidade de contribuir com o mundo, vamos sendo excluídos. Nos tornamos profissionalmente descartáveis, perdemos nossa posição de protagonismo nos núcleos familiares e somos relegados a uma posição irrelevante, quase figurativa. Nossa existência, que deveria brilhar e ser reverenciada como fonte de sabedoria, torna-se quase invisível.

O grande conteúdo interior acumulado ao longo de nossa trajetória é ignorado por conta de uma constituição física em declínio.

Fica a reflexão:

– Quanto será que perdemos por não dar voz e protagonismo aos nossos “Mestres”? – Qual o prejuízo para a sociedade, em todos os níveis, por ignorarmos nossos mestres?

– Qual preço pagamos por este grande erro e quais as consequências para o futuro, considerando que a longevidade do ser humano só aumenta?

É de extrema importância que essa discussão tome força para que possamos rever valores e a forma como a sociedade está estruturada.

Num mundo onde impera o individualismo, onde as preocupações são tão ilusórias e focadas apenas no material e no individual, quando sentimos que rumamos para o caos e para a destruição, a verdadeira salvação deveria vir das mãos dos mestres, jamais dos aprendizes.

Casas de Repouso e Residenciais para Idosos

Casas de Repouso e Residenciais para Idosos

Plataforma para busca de casas de repouso e residenciais para idosos oferece serviços de apoio às famílias de forma gratuita.

A terceira idade é uma fase da vida que requer cuidados específicos e, muitas vezes, buscar a assistência de Casas de Repouso / Residenciais para Idosos pode ser a melhor opção para garantir um envelhecimento saudável.

Mas essa decisão, geralmente tomada pelas famílias, não é fácil e pode envolver sentimento de culpa, incertezas e, até mesmo, conflitos familiares tornando o processo árduo e desgastante. Além disso, a falta de tempo e o desconhecimento sobre o assunto geram dificuldades para encontrar um local que atenda todas as expectativas e o orçamento familiar.

Contar com o apoio de um Assessor Familiar da Trevoo faz toda a diferença!

Conhecido também como consultor especializado em cuidados com idosos, o Assessor Familiar da TREVOO é um profissional que fornece orientação personalizada às famílias que estão em busca de Casas de Repouso e Residenciais para idosos. Tem, em média, mais de 50 anos e já passaram por experiências semelhantes, portanto, conhecem muito bem o universo sênior e as opções disponíveis para esse público.

“Com respeito, empatia e dedicação, acolhemos as famílias que chegam até nós, orientamos sobre o funcionamento de um Residencial e sugerimos as opções mais compatíveis às necessidades de cada uma”, explica Eliz Taddei, CEO e fundora da  TREVOO, primeira plataforma digital e 100% gratuita de busca de Residenciais para idosos.

Todo o processo de orientação oferecido pela plataforma é feito sem custo.  Os Assessores Familiares passam por treinamentos que abordam desde o mercado de Residenciais e legislação de Instituições de Longa Permanência para Idoso (ILPI) até conhecimentos específicos relacionados à questões emocionais, sociais e de saúde do idoso.

Além disso, esses profissionais conhecem pessoalmente todos os Residenciais cadastrados na plataforma, a fim de poderem repassar com segurança os detalhes e informações sobre as estruturas e serviços oferecidos pelos estabelecimentos.

Vantagens do acompanhamento de um Assessor Familiar

  •  Atendimento personalizado – Os Assessores avaliam as necessidades da família e do idosos e apresentam opções que atendam ao perfil, região e orçamentos, além de orientar sobre os passos seguintes. Os atendimentos podem ser presenciais, por telefone ou online (WhatsApp ou e-mail)
  • Transparência sobre os custos – Fornecem orientações sobre todos os custos envolvidos na contratação do Residencial.
  • Aconselhamento – Por terem ampla experiência e passado por treinamentos específicos, ajudam a abordar o assunto com os familiares e o idoso.
  • Apoio na mudança – Ajudam a tornar a transição do idoso para o Residencial o mais suave possível.
  • O que os Assessores familiares NÃO fazem
  • Não apressam – Os assessores familiares atuam conforme as necessidades e o ritmo das famílias, sem acelerar o processo.
  • Não recebem pagamentos – Esses profissionais não recebem qualquer tipo de pagamento das famílias. Na TREVOO, o serviço é oferecido de forma gratuita.

É importante ressaltar que a equipe da TREVOO verifica pessoalmente a estrutura e alvará de funcionamento de todos os Residenciais cadastrados na plataforma. Trabalhamos apenas com instituições regulamentadas pela Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, prefeitura e Conselho do Idoso.

Psicogerontologia, já ouviu falar?

Psicogerontologia, já ouviu falar?

Diante do crescimento da expectativa de vida da população idosa, a psicogerontologia ajuda o idoso a compreender e a se adaptar à nova realidade. Vem ao encontro de um dos grandes desafios da atualidade: o cuidado especializado dedicado à população longeva com foco nas mudanças que afetam sua vida física, social e emocional.

Infelizmente, na prática, nem todos vivem o futuro que idealizaram durante a vida inteira.  Muitos precisam lidar com a dura realidade de ver o corpo ganhando rugas rapidamente, a memória sendo colocada em xeque, as pernas já não conseguindo acompanhar os passos lentos, além de tantos lutos, perdas e coisas para ressignificar. Quantas mudanças!

Ajudar o idoso a compreender e a se adaptar à nova realidade de uma forma saudável e equilibrada é um dos pilares da Psicogerontologia que respeita, antes de tudo, o movimento de cada um.

O que é a Psicogerontologia

A Psicogerontologia é a junção dos conhecimentos produzidos pelas áreas da Psicologia e Gerontologia. Estuda os processos psíquicos do envelhecimento de forma interdisciplinar levando em conta, além da subjetividade, as demandas sociais, econômicas, históricas, políticas e as experiências vividas a fim de atender, cada vez melhor, essa grande demanda de envelhecimento.

Uma vida longa e sadia nem sempre garante qualidade e felicidade. Diante de uma sociedade que não está preparada para cuidar dos mais velhos é necessário discutir a individualidade do idoso, suas potencialidades, limitações e dificuldades.

A Psicogerontologia desempenha papel importante no fortalecimento de vínculos, principalmente familiares, buscando a possibilidade de preservar os sentimentos de pertencimento junto às pessoas que ele ama nesta rede de proteção.

Atuação do Psicogerontologista

Existe aumento considerável de idosos e é preciso apresentar alternativas e intervenções para dar um novo sentido à vida melhorando os relacionamentos e fortalecendo o trabalho de quem cuida dos idosos.

Além de viver mais é preciso viver melhor!

Assim, é fundamental planejar atividades em Psicogerontologia que ampare os idosos com dificuldades funcionais, cognitivas e emocionais com foco nos aspectos positivos do envelhecimento.

O psicólogo pode atuar, de forma autônoma ou integrada em uma equipe, assumindo ações de intervenções visando proteger a saúde mental do idoso ou grupo de idosos promovendo bem-estar, qualidade de vida, autonomia, envelhecimento ativo físico e intelectual, integração social, formação de vínculos afetivos, entre outros cuidados.

Exemplos de intervenções feitas por psicólogos que trabalham com idosos:

  • Acolhimento e orientação aos familiares e aos cuidadores, ressaltando a importância da autonomia do idoso; orientando sobre a importância da capacitação dos cuidadores; prevenindo possíveis estressores que possam levá-los à Síndrome de Burnout[1]
  • Apoio na formação de cuidadores, instituições ou serviços ligados aos idosos realizando palestras sobre o cuidado humanizado: valor do ser humano; relação de afeto, principais doenças acometidas nesta fase da vida; cuidados paliativos; finitude e luto. Viabilizar planos psicossociais ao idoso e seus cuidadores, favorecendo a reflexão sobre empoderamento, pertencimento, comportamentos, enfrentamento de dificuldades, entre outros fatores.
  • Oficinas em grupo ligadas a cognição, relacionamento e estimulação física
  • Discussão e implantação de ações de inclusão social do idoso em grupos de encontros com atividades diversas.

Por fim, a Psicogerontologia engloba um conjunto de estudos e técnicas que permitem compreender o processo de envelhecimento a fim de garantir práticas que proporcionem avanços na qualidade de vida, no bem-estar e na assistência às pessoas mais velhas.

Agora que você já sabe o que significa psiogerontologia   compartilhe esse artigo para esclarecer mais pessoas!

[1] A síndrome de Burnout é uma reação a um stress que, estendido por muito tempo, causa uma exaustão no trabalho.

Coronavírus causa problemas no coração?

Coronavírus causa problemas no coração?

O novo Coronavírus é uma família de vírus conhecida desde 1960. Sofreu mutação genética e acabou se transformando em algo que ainda não havia sido identificado em humanos.

Transmitido pelo ar e pelo contato próximo com pessoas infectadas, a COVID-19 pode ter sintomas semelhantes ao resfriado, evoluindo para casos graves de insuficiência respiratória aguda.

Inicialmente a COVID-19 foi entendida como uma doença pulmonar. Logo ficou claro, porém, se tratar de uma doença que pode atacar praticamente todos os órgãos e funções do corpo e o coração é um dos órgãos que pode ser afetado pelo vírus.

O vírus pode causar diversos problemas no coração como miocardite (inflamação no músculo cardíaco) causar arritmias cardíacas ou piorar o quadro de pacientes que já tenham esse diagnóstico.

Além disso, pacientes cardiopatas (com problemas no coração) tem mais riscos de complicações e agravamento do quadro clínico, infelizmente, com mais chances de falecimento.

Descritas logo no início da pandemia, as complicações cardiológicas eram consideradas exclusivas dos casos mais graves, dos pacientes com insuficiência respiratória internados nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva).

Essa impressão mudou quando surgiram descrições de mortes súbitas e de arritmias cardíacas em jovens que tiveram COVID-19 assintomática ou com sintomas leves.

 

Como atua o Coronavírus

Para penetrar as células, o atual Coronavírus utiliza um receptor que existe na membrana celular, presente em diversos órgãos, dentre eles, o músculo do coração, que atinge concentrações elevadas.

Em autópsias, o RNA do vírus é encontrado no fígado, rins, sistema nervoso e, em altas concentrações, nos pulmões e no coração:

  • Numa série de 22 autópsias, o RNA viral foi detectado no músculo cardíaco em 16 casos
  • Em outra, com 39 casos, 31% dos corações continham o RNA do vírus

O coronavírus lesiona as células do músculo do coração por mecanismos diretos e indiretos. Ao infectar o músculo do coração por ação direta, provoca a morte da célula (necrose celular), levando à desorganização da maquinaria que coordena a contratilidade do músculo.

Por mecanismo indireto, a resposta do sistema imunológico armada para destruir o agressor dispara um processo pró-inflamatório envolvendo glóbulos brancos e plaquetas, com liberação de citocinas (proteínas que causam inflamação). Dessa forma, montada com a melhor das intenções, a resposta imunológica se volta contra o hospedeiro, aumentando a propensão para formar coágulos, que poderão obstruir capilares e os grandes vasos, fenômeno que explica os Infartos Agudos do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVCs) nos mais velhos, mas também em jovens.

Então fique atento aos principais sintomas do comprometimento cardíaco:

  1. fadiga
  2. falta de ar aos esforços
  3. alterações do ritmo das pulsações e dor no peito, que simula infarto

Se perceber algum desses sintomas procure o hospital próximo a você!