Cinco fatos sobre a Doença de Parkinson

Cinco fatos sobre a Doença de Parkinson

Com o envelhecimento populacional, a doença de Parkinson tem se tornado cada vez mais comum, causando muitas dúvidas nas pessoas. Escolhi os cinco fatos mais importantes para te deixar bem informado/a.

 

Primeiro – a Doença de Parkinson é mais comum do que você imagina!

É “apenas” a segunda doença neurodegenerativa mais comum e está presente em cerca de duas a cada 100 pessoas.  À primeira vista pode parecer pouco, mas não é! Não esqueça que é uma doença incapacitante, que pode causar um grande impacto na qualidade de vida do doente.

 

Segundo – Doença de Parkinson é muito mais do que tremor!

Diferente do que grande parte das pessoas pensa o tremor não é o principal sintoma desta doença. Mesmo que apareça em muitas pessoas, existem casos de doença de Parkinson sem tremor!O que realmente está presente em todos os pacientes é uma espécie de lentidão motora, que chamamos de bradicinesia.
Além de ter os movimentos lentos, os membros vão ficando mais rígidos com o tempo e o paciente fica cada vez mais travado para fazer as coisas.O tremor tem uma marca própria: ele fica mais forte quando as mãos estão quietas do lado do corpo e melhora no movimento. Sabe aquele tremor que atrapalha a pessoa quando vai tomar o cafezinho? Não é o que vemos na Doença de Parkinson. Na verdade, fala até contra esse diagnóstico!

 

Terceiro – A doença de Parkinson evolui lentamente e de um modo característico.

A pessoa com doença de Parkinson geralmente começa com sintomas quase imperceptíveis, só de um lado do corpo, como em um braço. Como a doença é degenerativa, esses sintomas vão piorando lentamente com o passar dos anos e avançando para o outro lado do corpo. No início, a pessoa mal os percebe, mas, aos poucos, começa a perder função nas suas atividades, piorando sua qualidade de vida.
Depois de três a cinco anos, o paciente passa a ter também dificuldade de andar e de se equilibrar. É nessa fase que começam a ocorrer as quedas, o que é bastante perigoso, pois pode levar às fraturas e traumatismo craniano.

 

Quarto – A Doença de Parkinson também tem sintomas não motores!

Muitos anos antes de surgirem os sintomas motores, a doença já está se alastrando pelo sistema nervoso da pessoa. Isso se reflete por alguns sintomas não motores, como depressão, intestino preso, perda do olfato e alterações do sono. Já, em fases mais avançadas da doença, problemas de memória e raciocínio, disautonomia (como quedas abruptas de pressão), dificuldade de falar e engolir acabam ocorrendo, tornando o paciente ainda mais dependente.

 

Quinto – A doença de Parkinson não tem cura, mas tem tratamento que FUNCIONA!

O tratamento da doença de Parkinson, especialmente nos primeiros anos, costuma a trazer uma melhora dramática dos sintomas. Com o início do tratamento, aquele travamento para se mover e aqueles tremores melhoram da água para o vinho! Permitem até que a pessoa volte a participar de atividades que já não eram possíveis. Infelizmente, após três a cinco anos do uso contínuo dos medicamentos, há uma perda gradual de efeito e podem surgir complicações. Infelizmente até o momento não temos tratamento que segure a progressão da doença.

Visão na Terceira Idade

Visão na Terceira Idade

Prevenção precoce pode reduzir problemas que afetam a visão na terceira idade

A degeneração macular é uma das doenças oculares que mais acomete os idosos

 Com o envelhecimento da população, algumas especialidades médicas vêm ganhando maior importância, como é o caso da Oftalmologia. São diversas as doenças oculares que podem acometer os idosos, mas vale um destaque à condição chamada degeneração macular relacionada à idade (DMRI), tida hoje como a principal causa de piora severa da visão dentre pessoas acima de 50 anos. Neste contexto, são inúmeras as consequências negativas na qualidade de vida secundárias à baixa acuidade visual. Vale citar o aumento do risco de quedas e acidentes domésticos, a diminuição da autonomia e a deterioração da saúde mental.

Para entender o assunto, é importante explicar que mácula é o nome dado à parte central da retina. Retina, por sua vez, é o nome da camada que reveste internamente a parede posterior do olho.  Ela é responsável por transformar os estímulos luminosos captados pelo olho em estímulos nervosos. Tais impulsos nervosos são então conduzidos até o cérebro pelo nervo óptico. Isso nos possibilita enxergar o mundo que nos cerca. No que se refere à DMRI, esta é uma patologia relacionada ao envelhecimento das células que compõem a mácula e, em geral, os pacientes com esta condição reclamam de não enxergar bem na parte central do seu campo visual.

 

COMO DIMINUIR O RISCO DE SE TER DMRI

A literatura aponta para alguns fatores que aumentam o risco de uma pessoa apresentar a doença. Para diminuir a chance de um dia vir a ter a DMRI, é importante evitar o tabagismo, usar óculos escuros em ambientes ensolarados, manter um controle constante de doenças cardiovasculares e adotar uma dieta saudável no dia a dia. Porém, a dica de ouro é manter uma rotina de visita periódica ao oftalmologista, de modo que o paciente seja submetido a um exame oftalmológico completo, o que inclui o mapeamento de retina, pelo menos uma vez por ano. Só assim, será possível o diagnóstico precoce do aparecimento de uma eventual DMRI, de modo a evitar, ou pelos menos minimizar, os impactos da doença na qualidade visual do individuo.

 

OUTROS PROBLEMAS DE VISÃO NA 3ª IDADE

As pessoas de mais idade também estão sujeitas a apresentar outras doenças da retina. Entre elas, a retinopatia diabética e a retinopatia hipertensiva. Diabetes e hipertensão estão entre as doenças mais comuns nas populações dos países desenvolvidos e a sua prevalência aumenta com a idade. Ambas comprometem o funcionamento normal dos vasos sanguíneos da retina, causando deformidades, extravasamento de líquido e hemorragias. Isso é um reflexo do que está acontecendo nos vasos sanguíneos dos demais órgãos do corpo daquele paciente, como no coração, rins e cérebro. Estas retinopatias se instalam devagar e muitas vezes os seus sintomas não são percebidos no início da doença. Porém, as fases tardias de ambas as patologias costumam cursar com embaçamento visual ou cegueira em casos mais severos. Novamente, no caso das retinopatias diabéticas e hipertensivas, também é fundamental manter as doenças de base sob controle, com visitas regulares ao oftalmologista e ao médico responsável pelo controle do diabetes e da hipertensão.

Um envelhecimento com manutenção da qualidade de vida requer cuidados adicionais com a saúde, e a ocular não foge a esta regra. A retina é um tecido nobre que exige atenções redobradas na 3ª idade. Afinal de contas, ter uma boa visão é fundamental para que se desfrute com qualidade a tão esperada melhor idade.

 

O OLHO

“Olho” é o nome dado ao órgão que possibilita o recebimento de imagens e a conversão delas em sinais elétricos, para que sejam posteriormente interpretadas pelo cérebro. Em linhas gerais, o olho humano é composto das seguintes estruturas:

 

  • Conjuntiva: uma fina membrana que recobre externamente a parede ocular e internamente as pálpebras.
  • Córnea: tecido transparente que forma a parede anterior do olho. Além da função protetora, desempenha um papel fundamental na formação das imagens.
  • Esclera: corresponde à “parte branca” do olho, presente ao redor da córnea. Tem a função de manter o formato redondo do globo ocular.
  • Íris: é a parte colorida do olho e sua função é controlar os níveis de luz que entram no olho, assim como faz o diafragma de uma câmera fotográfica.
  • Cristalino: lente transparente e flexível que fica dentro do olho e tem a função de regular o foco dos objetos, mecanismo conhecido como acomodação visual.
  • Retina: camada que reveste internamente a parede posterior do olho, responsável por transformar os estímulos luminosos captados em estímulos nervosos.
  • Nervo óptico: responsável por transmitir o impulso nervoso originalmente gerado pelos raios luminosos que adentram a cavidade ocular até o cérebro.

 

MEDICINA E ENVELHECIMENTO

O envelhecimento da população mundial é um fato. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que o número de pessoas com mais de 65 anos já ultrapassa a faixa populacional daqueles com menos de cinco anos de idade em todo o mundo. Segundo a ONU, tal fenômeno decorre principalmente dos baixos índices de natalidade e do aumento da expectativa de vida da população global secundário à melhoria dos sistemas de saúde. Com isso, surgem novos desafios para a medicina, que precisa agora melhor compreender as mudanças do corpo humano inerentes ao avançar da idade e desenvolver estratégias de prevenção para evitar o adoecimento dos idosos e o aparecimento de doenças características da 3ª idade.

 

Mais informações sobre degeneração macular e outros problemas de visão podem ser obtidas com a Dra. Marina Roizenblatt.

Autonomia x Independência: você sabe qual a diferença?

Autonomia x Independência: você sabe qual a diferença?

A autonomia e a independência/dependência estão presentes em todo ciclo vital. Seu reconhecimento, valor e manifestação seguem o contexto e a cultura. Apesar de muitas vezes serem tratadas como sinônimo, na prática, seus significados tem um impacto diferente sobre a saúde física, mental e a qualidade de vida, especialmente dos idosos.
Autonomia diz respeito ao exercício de autogoverno, ou seja, a capacidade de tomar decisões por si, de gerir a própria vida, de planejar objetivos, o que inclui o senso pessoal de independência, a liberdade individual, a livre escolha, e é guiada pela identidade e por sentimentos e necessidades próprias. Relaciona-se, portanto, com a capacidade cognitiva.
Independência, por sua vez, está relacionada à capacidade funcional e física, ou seja, significa conseguir dar conta, sem nenhum auxílio e de maneira suficiente, das tarefas de autocuidado e das atividades instrumentais de vida diária (por exemplo, cuidar das próprias finanças, fazer deslocamentos para locais distantes usando algum transporte, usar o telefone, fazer compras, cuidar da casa, preparar as próprias refeições, tomar as medicações nos horários corretos).
A incapacidade de uma pessoa funcionar satisfatoriamente sozinha configura algum nível de dependência, que pode estar relacionado às limitações cognitivas, físicas e funcionais ou pela combinação de ambas e, ainda, se somar com a ausência ou escassez de apoios ambientais, sociais e familiares, e de outros recursos. Cabe destacar que uma condição não exclui a outra e que, muitas vezes, podem ser concorrentes, estando interrelacionadas. Dessa forma, o idoso pode ser autônomo e independente, ou ter preservada apenas uma dessas capacidades.
É necessário considerar que, na velhice, a autonomia e a independência/dependência caracterizam um fenômeno multifatorial. Isso, porque, uma série de aspectos estão entrelaçados nos âmbitos da saúde, social, ambiental, financeiro, emocional e cultural.
Importa ressaltar que no contexto do cuidado é comum observar-se o reforço e estímulo à dependência, com reflexos negativos ao dia-a-dia dos idosos. Há uma tendência de fazer pelo idoso, que deriva do entendimento que a família e/ou cuidadores formais tem da velhice como sinônimo de doença ou da ideia de que a dependência é inerente a essa fase da vida, que se confunde com o zelo e cuidado.
A preservação e o estímulo à autonomia e independência não só na velhice, mas em todas as outras fases da vida, são fundamentais para a manutenção do senso de controle do ambiente e sobre a própria vida, e refletem no bem-estar, no senso de pertencimento e na participação dos idosos nos locais em que vivem.
O trabalho de assessoria da TREVOO às famílias e aos idosos que buscam por residenciais inclui uma avaliação preliminar do perfil do idoso, e busca apurar se ele é autônomo e se é independente, antes de realizar as recomendações. Com base no perfil, expectativas e necessidades de cada um além do conhecimento das casas e sua atuação, a TREVOO procura fazer as indicações mais adequadas, com o intuito de ser a mais assertiva possível para a escolha final da família e do idoso.

Câncer de pele: o bom cuidado pode evitar!

Câncer de pele: o bom cuidado pode evitar!

A pele é o órgão do corpo humano que mais interage com o mundo externo. É um “invólucro” resistente, que garante a integridade do nosso interior. Serve de barreira de proteção contra agressões físicas, como variações de temperatura, e químicas, como exposição a substâncias que poderiam causar danos e biológicas – germes dos mais diferentes tipos.

Por este motivo, pode sofrer alterações que se transformam em câncer. Temos basicamente dois tipos: os melanomas, neoplasias que se originam nas células de pigmentação da pele, chamadas melanócitos, que se comportam de maneira agressiva por enviarem facilmente metástase a outros órgãos. Apesar de estarem espalhados pela pele, os melanócitos se concentram em pintas, e devem ser acompanhadas. O outro tipo, mais comum, são cânceres mais frequentes e teoricamente menos agressivos. Este é o foco deste artigo.

O câncer de pele não melanoma é a doença que mais acomete o ser humano.

Desde 2016, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou o início de uma epidemia de cânceres de pele não melanoma no planeta Terra.

Isso que dizer que o os tumores desse tipo já ultrapassam em incidência o câncer de próstata no homem e os de mama ou útero na mulher.

Entretanto, carecem campanhas governamentais na área da saúde nacional para orientar a nossa população sobre o perigo dessas lesões.

Felizmente, a grande maioria dos tumores cutâneos são totalmente curáveis  se detectados a tempo. As mortes não são frequentes e a cura é garantida quando o diagnóstico é realizado nos estágios iniciais da doença.

Dentre os tumores malignos cutâneos destaca-se o CARCINOMA BASOCELULAR.

 

Este tipo de câncer cutâneo acomete com maior frequência pessoas com peles
claras que tomaram muito sol durante a vida sem a utilização de protetores solares. São, portanto, mais comuns nas áreas expostas ao sol como couro cabeludo, orelhas, face, região do colo, braços e pernas. Entretanto, podem surgir em qualquer área do corpo.

 

– Fique atento à feridas que não cicatrizam, sangram ou coçam.

Elas podem surgir como pequenas lesões elevadas, avermelhadas ou brilhantes. Esses danos podem evoluir para feridas que não cicatrizam formando pequenas úlceras com crostas que sangram facilmente. E os ferimentos, quando não tratados, podem crescer e se espalhar.

O sol é a maior causa para o aparecimento do carcinoma basocelular. E quando falamos em sol não é somente aquele das férias na praia ou campo ou quem frequenta piscinas.  A absorção diária da radiação ultravioleta (UV) nos centros urbanos sem proteção adequada e os episódios de queimadura solar durante o decorrer da vida são responsáveis pelo surgimento deste tumor.

– Conheça as formas de se proteger e evitar o câncer de pele

O mais importante é se proteger do sol. Assim, utilize diariamente filtros solares. Eles devem ter, no mínimo, FPS 30. É recomendável que pessoas de pele mais clara utilizem filtros solares com maior FPS (fator de proteção solar).

Utilize roupas claras, que cubram os braços e pernas no verão e se necessário proteja o couro cabeludo com chapéus e bonés, principalmente as pessoas calvas.

Evite sair ou praticar atividades ao ar livre nos horários de maior incidência solar (10h às 16h).

 

Muitas pessoas acreditam que tomar sol pela manhã ajuda à formação de vitamina D. Isso é incorreto. A vitamina D só é formada pela pele quando exposta ao sol do meio dia e por pelo menos meia hora. Porém, fazendo isso aumenta enormemente a chance do aparecimento de um câncer de pele. E, por isso, nós dermatologistas não recomendamos esta prática.

 

O custo de produzir vitamina D pela pele com a chance do aparecimento de um câncer não justifica a exposição solar nestas condições. Aconselhamos que o paciente com deficiência de vitamina D tome a medicação na forma de gotas ou comprimidos comprados em farmácias.

Assim, medidas simples e pequenos cuidados que devem ser observados desde a infância até a idade mais avançada podem evitar este tipo de doença e manter sua pele muito mais saudável e jovem, pois, o fator que mais envelhece a pele é também a radiação ultravioleta.

Lembrando que estamos na campanha deste mês, DEZEMBRO LARANJA, para alertar e orientar a todos os brasileiros que viajarão nestas férias, a se protegerem do sol, evitando assim, futuros problemas de pele.

Cuidando da pele do idoso

Cuidando da pele do idoso

A pele muda com o passar do tempo e cuidados especiais devem ser tomados para cada idade.

Dessa forma, a epiderme do idoso sofre alterações que acompanham o envelhecimento biológico. Entretanto, alguns cuidados simples podem melhorar e retardar o desgaste cutâneo.

Aqui vou orientá-lo desde a forma correta de tomar banho até cuidados avançados para obter o rejuvenescimento cutâneo e a aparência mais jovem.

Hora do banho

Nada de tomar banho esfregando o corpo com buchas, esponjas ou escovão. A pele idosa quase não tem mais camada lipídica (gordura que as células do epitélio produzem e que formam um filme protetor contra o ressecamento e enrugamento da pele) e esfregar só vai piorar o quadro de ressecamento e envelhecer mais ainda sua pele.

 

Evite banhos muitos quentes, pois, a alta temperatura confere mais ressecamento e flacidez à pele. Portanto, a face só deve ser lavada com água fria. Nada de lavar o rosto no chuveiro!

 

Utilize um sabonete hidratante e aplique somente nas áreas que sujam mais, ou seja, no pescoço, debaixo das mamas, no caso das senhoras, nos genitais e nos pés. No resto do corpo, como braços, tronco e pernas, dê preferência aos sabonetes com óleos. Existem vários no mercado.

Tome banho à tarde ou à noite, pois, é melhor do que tomar banho pela manhã, pois, como vivemos em um país tropical e nos meses de calor produzimos mais suor, não é bom para a pele dormir com o corpo úmido pois facilita a instalação de germes como fungos e bactérias.

Os banhos devem ser rápidos. De preferência de 5 e no máximo 10 minutos.

Idosos costumam gostar de banhos bem quentes, mas a temperatura alta é péssima para a pele.

 

Enxugue o corpo com uma toalha bem felpuda sem esfregar. Seque bem as áreas de dobras como abaixo dos seios, virilhas e dedos dos pés. Você pode utilizar também um secador na temperatura morna, caso tenha dificuldade para alcançar estes lugares, evitando assim quadros de assaduras por umidade excessiva.

 

Após secar o corpo, aplique um bom hidratante, mas sempre sem perfume.  Hidratantes com cheiro ou cor podem provocar processos alérgicos e têm menor capacidade de hidratar.

Quanto mais seca a pele for mais grosso deve ser o hidratante para evitar a evaporação da água do epitélio.

Se a pele da face estiver muito seca procure um hidratante na forma de creme.

Uma consulta ao dermatologista poderá dar as melhores orientações caso a caso.

E, por fim, faça atividade física, alimentação balanceada e tome bastante água que vai deixar sua pele muito mais jovem e bonita.

Sopro no meu coração, é grave?

Sopro no meu coração, é grave?

Meu médico auscultou um Sopro no meu coração… É grave?

Um achado frequente na avaliação física de idosos que merece seguimento.

O coração é um órgão incansável. É a bomba responsável por toda a circulação sanguínea e trabalha ininterruptamente desde a vida embrionária até a morte.

Para isto, sua arquiteturaé composta por quatro câmaras, com estruturas que permitem que sua performance seja máxima e assegurem o fluxo sanguíneo sempre na direção adequada. Estas são membranas delicadas chamadas válvulas cardíacas.

Temos quatro delas no coração:

Tricúspide (entre o átrio direito e o ventrículo direito)

Pulmonar (entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar)

Mitral (entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo)

Aórtica (entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta)

Veja o esquema

Anatomia do coração

O sangue sem oxigênio chega ao coração pelo átrio direito, passa ao ventrículo direito, de onde é bombeado através da artéria pulmonar para os pulmões a fim de ser oxigenado. De lá volta ao coração chegando pelo átrio esquerdo, escoa ao ventrículo esquerdo que é o responsável pelo seu bombeamento para o corpo pela aorta.

Veja o vídeo

Estas válvulas se abrem e se fecham durante os batimentos cardíacos, e permitem que o sangue seja ejetado para os pulmões e para o corpo, sem oferecer resistência ou permitir que o sangue reflua para o coração. Quando o funcionamento destas válvulas sofre alteração, surge um turbilhonamento do sangue, causando um som – o sopro cardíaco.
Intuitivamente podemos entender que quanto maior é a alteração da válvula tanto mais intenso é o sopro. Ele acontece porque a membrana deficiente permite o refluxo de sangue (insuficiência) ou não se abre adequadamente, criando uma resistência ao fluxo (estenose).

A maior parte das alterações das válvulas cardíacas que acontecem com o passar do tempo tem causa degenerativa, ou seja, o seu movimento contínuo as vai desgastando e lesionando.

Doenças congênitas, infecciosas ou reumatológicas podem acelerar a degeneração. As situações mais comuns são a insuficiência da válvula mitral e a estenose da aórtica.Tais doenças das válvulas devem ser acompanhadas porque com seu agravamento pode ocorrer o surgimento de insuficiência cardíaca, situação em que a função de bombeamento sanguíneo pelo coração fica comprometida, causando sintomas como falta de ar, tonturas, arritmias ou até mesmo dor no peito.

O tratamento definitivo dessas situações costuma ser cirúrgico (plástica da válvula doente ou troca por prótese) ou, mais recentemente, intervencionista (através de procedimento por cateterismo cardíaco). O momento ideal de realizar algum destes tratamentos invasivos deve ser muito bem indicado, para que não seja feita uma intervenção precoce a ponto de ser considerada desnecessária e nem tardia, momento em que o coração já tenha sofrido alterações irreversíveis, não sendo mais possível sua recuperação.

Desta forma, caso seja descoberto um sopro no coração é essencial o acompanhamento médico para que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado possam preservar qualidade de vida.