Quando os sintomas da menopausa  se aproximam, surgem muitas dúvidas…

Há tantos anos que tudo se repetia mensalmente que já nem atinava mais para as fases ao longo da vida, afinal, são apenas fases! Algum inchaço, mamas doloridas e humor numa montanha russa! De repente, com o sangramento, vem um alívio. Ufa, sobrevivi! E, mais importante, todos à minha volta também sobreviveram. Mas este mês, o alívio não veio…

 

Aos 50 não pensei em gravidez, nem em menopausa.  E agora, doutora?

 

A pergunta pode ser feita de várias formas e traz uma dezena de questionamentos:

– Nossa, mas parou, tão cedo?! Mas minha mãe menstruou até os 55!

Para aquelas que sofrem com a menstruação, o mais comum é:

– Poxa, até que enfim”!

A menopausa é ausência de sangramento vaginal espontâneo por, pelo menos, 12 meses consecutivos, encerra a fase reprodutiva da mulher e traz novas demandas, alguns desafios e, pelo menos uma certeza: passaremos 30, 40 anos, na menopausa. Temos muita vida para viver!

 

Sintomas da menopausa: Como me preparar para essa transição? Como me cuidar daqui para a frente? Muda alguma coisa?

O ginecologista é, por excelência e privilégio, quem acompanha a mulher ao longo de todas as fases da vida, desde a primeira menstruação. Cólicas, irregularidade menstrual, o despertar da sexualidade, contracepção, gravidez e prevenção anual.

São muitas dúvidas ao longo de todo esses processos até a chegada do climatério – o período em que os ovários começam a dar sinais de fadiga e envelhecimento. Isso se traduz por alterações menstruais variadas, diminuição da fertilidade, alterações de peso, alteração da qualidade do sono. ressecamento vaginal, mudanças na pele, cabelo e unhas.  Sua duração é imprevisível e pode levar meses ou anos até a falência ovariana definitiva – a menopausa.

 

Para algumas mulheres, a transição é suave. Para outras, os sintomas da menopausa podem impactar negativamente a qualidade de vida.

 

Sabe quem vai orientar você sobre como lidar com os sintomas da menopausa? Sim, ele mesmo! Seu ginecologista. Lembre-se de que esse processo é natural, fisiológico e que você sobreviverá!

 

5 dicas de sobrevivência:

  1. Procure chegar à menopausa sem dívidas ou, pelo menos, com dívidas já negociadas, ou seja, cuide da sua saúde como um todo. Não carregue pendências como sedentarismo, hábitos alimentares ruins, obesidade ou tabagismo. Tenha sua rotina clínica e ginecológica em dia para a chegada da menopausa. Assim, você terá “apenas” essa questão para cuidar.
  2. Procure enxergar essa transição de forma afetiva e serena. Acolha essa nova mulher, que só não menstrua, mas tem uma história linda para contar e outra, ainda mais linda, para escrever.
  3. Nem a idade, nem o estado menstrual, definem um fim da sua relação com seu ginecologista. “Ah, agora não menstruo e não corro risco de engravidar, não preciso mais me consultar!” Na verdade, precisa sim. E seu ginecologista continua com você oferecendo informação de qualidade, adequando os exames complementares à essa nova realidade, estabelecendo novos protocolos de prevenção e tratamento.
  4. A passagem do tempo aumenta o risco para diversas condições clínicas como hipertensão, diabetes, disfunção da tireoide e vários tipos de câncer. Seu ginecologista fará o diagnóstico e o encaminhamento para os especialistas.
  5. Converse com ele sobre reposição hormonal. Pode ser um recurso muito útil para facilitar os ajustes do seu corpo e, também, da sua mente para essa nova realidade, caso não haja contraindicações.

 

E agora, querida leitora, vamos cuidar da sua menopausa!?

 

Sobre o autor:

Dra. Luciene Miranda Barduco
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Luciene Miranda Barduco, médica formada pela USP, continua apaixonada por sua especialidade, a ginecologia e obstetrícia. Depois descobriu a mastologia e, recentemente, a sexologia. Médica, esposa, mãe da Mariana e gosta muito de tudo isso! Colunista do Portal Trevoo.
@lulubarduco

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