Você sabia que dia 11 de abril é considerado o Dia Mundial da Doença de Parkinson e que todo o mês é voltado para a conscientização da doença? Essa data foi escolhida em homenagem a James Parkinson, médico inglês que descreveu a doença pela primeira vez em 1817, na época chamada de “paralisia agitante”. Somente 50 anos depois, após novas descobertas feitas pelo pesquisador Jean-Martin Charcot a doença recebeu o nome de Doença de Parkinson (DP).

A Doença de Parkinson (DP) faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas e atinge principalmente pessoas acima de 50 anos. Estudos indicam que a possibilidade de ser acometido pela doença aumenta de acordo com a idade. Dados revelam que atualmente cerca de 200 mil brasileiros têm o diagnóstico da doença, no entanto, possivelmente esse número é mais elevado, pois são necessários diversos exames e procedimentos para identificar a DP.

Apesar dos avanços da ciência, os conhecimentos sobre a enfermidade ainda são limitados. Não existe um consenso sobre sua causa e o quanto está relacionada ao processo de envelhecimento. Pesquisadores têm direcionado as investigações principalmente para quatro fatores: aspectos genéticos (considerando a hereditariedade), aspectos ambientais (exposição a toxinas), estresse oxidativo e alterações celulares.

Existe grande possibilidade de que os quatro fatores anteriormente citados estejam relacionados, e que juntos, causem danos na região da substância nigra, área do cérebro responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que leva informações do cérebro para o corpo. Portanto, quando essa região é  envolvida e seus neurotransmissores morrem, há um comprometimento do funcionamento adequado do corpo, gerando diversos sintomas.

            Os primeiros costumam ser notados inicialmente pelas pessoas mais próximas, como a lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos. Outros sintomas são: a diminuição do tamanho da letra, a rigidez muscular, acinesia, ou seja, uma diminuição dos movimentos, problemas na fala e no sono, depressão, além de problemas respiratórios, urinários e dificuldade na deglutição.

Dicas sobre doença de Parkinson para ajudar o paciente e a família

  • Praticar atividades físicas: sabemos que os exercícios físicos auxiliam a preservar por exemplo, a capacidade de execução dos movimentos, portanto, pode ajudar a retardar o avanço acelerado desse declínio.
  • Realizar exercícios de orientação temporal: é sempre importante conversar com a pessoa que tem DP o dia, o mês e o ano em que estamos, além de sempre questionar a hora aproximada, pois assim ela se situará no tempo.
  • Discutir notícias recentes: ler notícias preferencialmente positivas, essa atividade contribuirá para saber os acontecimentos da humanidade.
  • Desenvolver exercícios intelectuais: esses exercícios contribuem para a preservação das funções cognitivas, como por exemplo, a memória. Há um Método chamado Supera que utiliza exercícios que colaboram para que pessoas saudáveis ou com leve declínio cognitivo mantenham as suas capacidades intelectuais.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde. 11/4 – Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson: avançar, melhorar, educar, colaborar! 2021. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3450-11-4-dia-mundial-de-conscientizacao-da-doenca-de-parkinson-avancar-melhorar-educar-colaborar. Acesso em: 12 abr. 2021.

Pinheiro, J. E. S. Doença de Parkinson e Outros Transtornos do Movimento. [In] Freitas, E. V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3a Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 437 – 445.

Sobre o autor:

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Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia pela USP, com Extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca. Membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da USP. Membro associada da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Assessora científica. Articulista do Portal Trevoo.

Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca – México. Assessora científica do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA e pós-graduanda em MBA em Gestão de Saúde pelo Centro Universitário São Camilo. Articulista do Portal Trevoo.

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera. Articulista do Portal Trevoo.

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