Prótese dentária, a importância de darmos atenção às funções dos nossos dentes.
Senhora Catarina vivia em uma Instituição de Longa Permanência (ILP*), conhecido como residencial para idosos, há um ano. Por motivos óbvios, como não era alimentada mais por via oral e pela elevada possibilidade de perda de sua prótese dentária (dentadura), estas foram entregues à sua família assim que ela foi admitida.
Apesar de entrar muda e sair calada, a senhora Catarina frequentava todas as atividades sociais do residencial: apresentações de música, aulas de artesanato, festa junina, entre outras.
A partir da observação de uma geriatra de que os residentes poderiam estar broncoaspirando por falta de cuidados bucais, um gestor que realmente se preocupava com as pessoas criou a equipe de odontologia, com fundos e recursos do residencial.
Em sua primeira semana de trabalho, Dr. Reinaldo pediu a prótese dentária da dona Catarina para a família e dividiu com os colegas – fonoaudiólogos e fisioterapeutas – a necessidade de seu uso para a fala adequada, além de manutenção da musculatura da face.
Todos ficaram surpresos ao ouvirem a voz da Sra. Catarina, pela primeira vez. Ela continuou sociabilizando, mas agora, ainda mais participativa: falava, cantava, contava seus casos….
Respondendo à pergunta que deu título a este artigo:
– Dentes, para que os quero?
Para falar e para comer. E, se eu não puder mais fazer isso, os quero sim, meus dentes. Para conversar e para sorrir!
Convido você a ler o artigo Saúde bucal e doenças no corpo, para descobrir através do Sr. João, a importância do olhar atento do dentista sobre a relação da saúde bucal e saúde geral do corpo.
Sobre o autor:
Dentista no Consultório, em Home Care e hospitalar. Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do hospital Sírio-Libanês. Especialista, mestre em Odontologia e Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia da USP. Habilitada na área hospitalar pelo Conselho Federal de Odontologia e Colunista do Portal Trevoo.